terça-feira, 13 de março de 2012

PDG Realty enfrenta problemas para cumprir contratos

A diretoria da incorporadora PDG Realty, uma das líderes do mercado imobiliário poderia ter motivos apenas para comemoração em 2011.

O balanço divulgado em 13 de novembro mostra lucro líquido 14% superior ao do acumulado entre janeiro e setembro de 2011, alcançando R$ 752 milhões. São indicadores positivos como estes num mar em que as concorrentes parecem se afogar, que levam a companhia a ter uma imagem sólida junto ao mercado financeiro.

"É uma empresa que, em termos operacionais, é uma das melhores desse setor", avalia Armando Halfeld, da corretora Ativa.

Mas nem uma companhia que carrega essas credenciais está conseguindo driblar os problemas comuns ao setor: atrasos astronômicos no cronograma de entrega das obras. Em apenas um escritório de advocacia, o Dutra & Saad Associados, há nada menos que 45 processos contra a PDG.

"Todos eles partem de pessoas que compraram imóveis em três empreendimentos da PDG localizados no bairro de Ponta da Praia, em Santos", diz Leonardo Saad.

De acordo com Saad, o mercado aquecido é a causa da infelicidade de clientes de diversas incorporadoras, devido a uma série de fatores. Entre eles, o descumprimento de legislações municipais e falta de mão de obra. Some-se a isso os processos de sinergia entre muitas dessas empresas, por conta de uma série de fusões e aquisições que ocorreram nos últimos anos.

É o caso da própria PDG Realty, que comprou a Agre em 2010 e herdou as três obras em Santos. Entre os processos está o do analista de sistemas Sandro Vicenzo. Ele e a esposa compraram um apartamento na torre Porto da Ponta em 2008. O prazo de entrega estava previsto para fevereiro de 2010.

"Acho que nos trataram com falta de respeito. Nunca vi um atraso desses e, além de tudo, sequer deram motivos coerentes para justificar a demora", afirma.

Algo parecido está acontecendo com Adriana do Nascimento Santos Nascimento, que adquiriu uma unidade em outra torre, no mesmo bairro de Vicenzo. Neste caso, o atraso já é de oito meses.

"O novo prazo é fevereiro de 2012, com aviso de que poderá atrasar mais", diz. Por lei, o atraso aceitável é de seis meses. Dessa forma, Adriana também já procurou um advogado.

Além dos processos de fusões e da falta de mão de obra, o setor enfrenta, ainda, outros contratempos. Um deles é o desnivelamento entre projetos devido às aquisições.

"A Agre mostrava problemas financeiros, talvez os projetos que a PDG absorveu fossem problemáticos e a empresa tenha precisado readequá-los aos seus padrões", disse uma fonte.

João Crestana, presidente do Secovi-AP, lembra que esse mercado cresceu 25 vezes em apenas sete anos. "É um indicativo que mostra quanto o setor cresceu rápido. Há mesmo desafios".

Procurada, a PDG Realty não deu entrevista. Do início do ano até quarta-feira (16/11), as ações da PDG caíram mais de 27,3%. Analistas dizem que a queda é reflexo da desaceleração da economia.

Fonte: http://www.brasileconomico.com.br/noticias/pdg-realty-enfrenta-problemas-para-cumprir-contratos_109427.html

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Cronograma Inicial das Obras


Lançamento do Empreendimento: Agosto/2008

Início das Obras: Agosto/2009

Data prevista para Entrega: Agosto/2011

1ª Prorrogação de Data de Entrega: Fevereiro/2012

2ª Prorrogação de Data de Entrega: Janeiro/2013

3ª Prorrogação de Data de Entrega: Março/2013

4ª Prorrogação de Data de Entrega: Maio/2013